domingo, 5 de julho de 2015

Fechando o mes de Junho



Santo Antonio, casamenteiro,
São João, o fogueteiro,
São Pedro é o chaveiro.
E São Paulo ? O Conselheiro ?
Pedro e Paulo encerram as festas Juninas. Um fecha a porta e o outro deixa um conselho.
São Paulo coitado, é lembrado por poucos, mas suas palavras são uteis para nós todos os dias do ano e estão mais atuais do que nunca:
“todas as coisas me são licitas, mas nem todas me convêm”.
e
“Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria”.
Segundo os arqueólogos e historiadores esta festa do dia 29/6 é mais antiga que a festa do Natal. Segundo eles, era nesse dia, que os romanos comemoravam os fundadores de Roma: Remo e Romulo.
Certo é que a festa junina tem origens pagãs ligadas à fertilidade, mas isso é outra historia.









sábado, 16 de maio de 2015

Carros órfãos

foto : doris bonini
Quem frequenta a rodoviária de São José dos Campos já se acostumou com dois carros abandonados no estacionamento.
Um deles é uma “Variant”, vermelha, que deve ser do ano de 1973 ou 1972.

Abandonado há mias de 25 anos dizem que seus proprietários foram localizados em “Franco da Rocha” e desistiram de retirar o carro depois de verem o valor que deveriam pagar para o estacionamento.  Algo acima de R$ 30.000,00 reais.

O outro carro escondido sob uma lona azul dizem ser um Ômega.
Parece estar abandonado há menos tempo. Algo em torno de sete anos.  

Acho que deve estar sobrando muito dinheiro para algumas pessoas. Afinal, abandonar um carro num estacionamento não é para qualquer um.

Não consegui descobrir a história. Penso que devem ter sido roubados e largados lá. Com o tempo ficou inviável saldar a divida do estacionamento.

Existe outra história sobre um carro que ficava estacionado na rodoviária e que é muito inusitada.
Um médico da cidade, depois de brigar e se separar da mulher, sem dinheiro para alugar um apartamento começou a viver dentro do carro.

De noite era para lá que ia para dormir.

O café da manha, almoço e janta com certeza eram realizados em uma padaria. O banho provavelmente ele tomava no hospital que trabalhava...

Bem isso é o que me contaram... Se é lenda não sei, mas a Variant e o Omega existem de verdade. É só chegar lá na rodoviária para ver. Ver e crer!

Quanto ao médico, a essas horas, já deve ter refeito sua vida e deve estar vivendo numa casa, com teto, cozinha, quarto, banheiro e sem “quatro rodas”, com uma nova mulher... Claro! Ou não? Agora fiquei curiosa. Se você souber me conte, ok?





foto doris bonini

quinta-feira, 2 de abril de 2015

O Maracujá : "O Fruto da Paixão" e a "Semana Santa"




O maracujá é conhecido por algumas pessoas como a fruta da paixão e  pensam que é por ser uma fruta “afrodisíaca”. 

Já vi pessoas oferecerem uma “batida de maracujá” para tentar conquistar outra pessoa, dizendo  que ela é a fruta da paixão... 

Mas estão redondamente equivocados!


Ah sim ! O maracujá tambem é muito conhecido popularmente como o fruto da tranquilidade e isto é fato comprovado.

 Quem nunca tomou um suco de maracujá para ficar mais calmo ou sentir um soninho bem gostoso ?

Mas não é esse tipo de paixão que o maracujá representa: a paixão profana .

A flor do maracuja nos remete “Paixão de Cristo” e sua agonia na cruz.

E porque o maracujá representa a “Paixão de Cristo”?

Bem, assim que os Jesuítas chegaram às Américas, eles se encantaram com esse arbusto cujo fruto já era muito utilizado pelos índios. Inclusive o próprio nome  "MARACUJA" é de origem tupi: Mara Kuya e significa “fruto do que se serve” ou “alimento na cuia’”.

E porque os jesuítas se encantaram tanto com os maracujás?
Bem, eles encontraram no maracujá a metáfora perfeita para transmitir os símbolos da “Paixão de Cristo” na catequese dos indigenas. 

1 – A flor do maracujá floresce na época da quaresma e perto da Pascoa já podemos ver frutos maduros e suas lindas flores.

2 – Perceberam nas cores e na forma de suas flores muito mais que beleza e perfume, mas, símbolos que poderiam ser usados para catequizarem os índios.
Assim, o branco simbolizava a pureza da alma, o vermelho: o sangue que Cristo derramou pela humanidade, o roxo: a cor dos tecidos com os quais são cobertas as imagens nas igrejas na Semana Santa.

3 – Ainda nas flores do maracujá pode se percebe uma coroa filigranada que nos lembra a coroa de espinho que colocaram sobre a cabeça do Cristo.

4 - Os três estigmas da flor representam os cravos que o prenderam na cruz.

5 - As cinco anteras representam as cinco chagas de Cristo.

6 - As gavinhas ( aquele apêndice enroladinho)  eram vistas como os açoites que o martirizaram.

7 - O fruto redondo representava o nosso planeta, a Terra, o qual o Cristo veio redimir.

Agora você já sabe que o Maracujá é o símbolo da Paixão... de Cristo e com certeza não mais irá oferecer para alguém uma batida de maracuja com outras intenções...


A flor do maracujá é polinizada por grandes abelhas que são conhecidas popularmente como "mangavas"
.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

A origem do dia "Primeiro de Abril"

Até o começo do século XVI o povo europeu utilizava o "Calendário Juliano" para marcar o tempo e o ano novo era comemorado com muitas festas durante a semana de 25 de março até o dia 1 de abril.


O Papa Gregório XIII resolve então adotar um novo calendário que ficou conhecido como "Calendário Gregoriano".

Na França uma boa parte da população não aceita a adoção do novo calendáiro e continuou festejando o Ano Novo na semana do dia 25 de março até o dia 1 de abril.

Com o passar do tempo, o Ano Novo comemorado por essa parte da população Francesa que teimava em comemorar na ultima semana de março começou a ser jocosamente chamado de o "Ano Novo" da mentira"... 


terça-feira, 24 de março de 2015

O “Vinte Cinco de Março” e o “Primeiro de Abril” na Cultura Popular e na Tradição Católica - O que eles tem em Comum ?


Eu costumo dizer que a tradição não “some” com o tempo e o desenvolvimento da nossa civilização, ela simplesmente muda sua roupagem.

 Isto não é uma opinião e sim um fato comprovado, pois todos sabem que os cristãos utilizaram as datas comemorativas dos romanos e substituíram por suas comemorações, mas no fundo o simbolismo é sempre o mesmo!

Um exemplo: Atualmente nós comemoramos no dia 25 de dezembro o nascimento de Jesus Cristo. É o nosso “Natal” e ele nos lembra do nascimento do menino Jesus, ou seja, a chegada da “luz no mundo”.

O Cristo nasce e traz “luz” para a humanidade.

Os antigos romanos tambem comemoravam nesta data o “sol invictus” (o sol vencedor) e eles absorveram este costume dos antigos Persas e Hindus.

Cientificamente falando, no hemisfério norte, no dia 21 de dezembro dá-se o Solsticio de inverno que é o menor dia do ano, o dia com menos “luz do sol”, e no dia 21 de julho temos o Solsticio de verão que é o maior dia do ano.

 (Para nós aqui no Brasil que vivemos no hemisfério sul, tudo isso é ao contrário, mas nossas datas religiosas são regidas por costumes europeus, pois foram eles que colonizaram o Brasil).

Então simbolicamente falando, no dia 21 de dezembro as noites começam a ser menores e os dias maiores... Ou seja: as trevas que estavam vencendo a luz, a partir deste dia, começam a ser derrotadas pelo sol que começa a iluminar mais o mundo.

É a vitória do sol, da luz sobre as trevas: SOL INVICTUS! A chegada da “LUZ NO MUNDO”

Outra incorporação das festas dos antigos romanos na nossa tradição é o famoso dia da mentira: primeiro de abril.  Até o começo do século XVI o Ano Novo era comemorado no dia 25 de março, dia da chegada da primavera. As festas do “ano novo” começavam no dia 25 de março e iam até o dia 1 de abril.

(Claro, naquele tempo eles não o chamavam assim, pois o calendário tinha nomes diferentes. Isto é uma correspondência que os cientistas comprovaram através dos movimentos da lua, solstícios e equinócios).

Em torno do final do século XVI o papa Gregório XIII adota um novo calendário, em substituição ao calendário usado até então em Roma que havia sido promulgado pelo líder romano “Júlio César” no século I AC e era conhecido como “calendário Juliano”. Este novo calendário é conhecido como “Calendário Gregoriano”.

Por convenção e praticidade o “calendário Gregoriano” acabou sendo adotado no mundo inteiro para marcar o ano civil.  Assim, a partir do uso do calendário gregoriano, não mais 25 de março era o primeiro do ano e sim 01 de Janeiro.

Naquele tempo, o Rei Frances quase que imediatamente adotou o “Calendário Gregoriano” para marcar o ano civil na França, porem alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário Juliano, no qual as festas de ano novo iniciavam no dia 25 de março e ia atéo  1o de abril. Esses habitantes que resistiram a mudança do calendario, em tom de brincadeira, convidavam as pessoas para as festas de ano novo... Na verdade uma festa que não mais existia... Isto acabou virando uma brincadeira, uma piada, afinal uma ordem real não podia ser desobedecida.  Essas brincadeiras ficaram conhecidas como “plaisanteries”. O dia da brincadeira... O dia de ano novo... De mentira.

Ainda na tradição popular e em algumas igrejas cristãs comemora se no dia 25 de março o dia da Anunciação do Anjo Gabriel a Nossa Senhora. É nesta data que o anjo avisa que ela será a mãe do Salvador, do portador da luz no mundo. Nossa Senhora aceita prontamente a ordem divina e por nossa lógica acreditamos que foi nesta noite que se deu a concepção de Cristo no ventre de sua mãe.

 Assim, a tradição popular continua comemorando com festa seu “antigo ano novo”.

Acho mesmo que os “plaisanteries” acabaram vencendo o Rei Frances... Pelo menos com seu jeitinho...

E para nós católicos... Viva 25 de Março !

quinta-feira, 12 de março de 2015

TOC, TOC, TOC - ISOLA !












Sabe aquele costume que temos de dar 3 batidas na madeira para afastar a inveja e o mau olhado?
Então, esse custume se originou de antigos cultos  onde se invocava a proteção dos "espiritos da floresta" para que  nos protegesse do azar e da inveja. 
No passado mais remoto dizem que o culto as árvore foi a primeira forma de religião que surgiu no mundo. 
Então... vamos lá, bata na madeira : toc, toc, toc !