O frio, à noite, o parque vazio, pouca luz e a neblina montaram o cenário perfeito para o Bene se lembrar de que os vigias tinham algumas histórias para me contar.
M. e W. nos contam que o Parque tem seus fantasmas. Ele já os viu por diversas vezes. São vários. Não sabe o “porque” ou “para que” eles aparecem, mas o certo é que depois da meia noite estes seres surgem.
Uma mulher de longos cabelos negros usando um longo vestido branco. Braços caídos, sempre descalça costuma aparecer após a meia noite. Sempre de perfil. Assim que é notada corre e some na escuridão. O guarda anterior foi embora...Uma noite, durante a ronda deu de cara com ela sentada na mureta do Museu... chorou... passou mal... não quis mais trabalhar ali... nunca mais voltou!
Dizem que outro “assíduo fantasma” é um grande cachorro preto. Certo dia W. tentou enxota- lo até perceber que o tal cachorro não era ser desse mundo. O guarda correu para se esconder dentro de um dos galpões do parque.
Em outro dia M. estava dentro da sala de segurança e vigiava o Parque enquanto seu amigo fazia a ronda. Viu pelo monitor um Sr. bem alto, todo vestido de preto, usando um chapéu também preto. Este Sr. foi até o portão colocou a corrente no portão, enfiou o cadeado na corrente, mas não fechou o cadeado...M. assustado com aquele Sr. andando a noite no parque “passou um rádio” para avisar seu amigo a ir atrás dele e manda lo embora. O amigo procurou... procurou... e não encontrou ninguém.
Na volta o amigo viu a corrente com o cadeado quase trancado e reclamou com o M.:
- Você queria me prender lá fora?
- Não fui eu... foi um homem vestido de preto!
Uma noite dessas, altas horas, o B. passou um rádio para todos os vigias do parque procurarem por três crianças que ele estava vendo no monitor. Pareciam estar perdidas! Os guardas procuraram... procuraram... não acharam ninguém.
Segundo M., em São José existem outros locais repletos de fantasmas: o sanatório "Vicentina Aranha" é um deles.
Altino Bondesan em seu livro “São José em Quatro Tempos” nos fala dos sanatórios assim:“Os sanatórios são ilhas de sofrimento, ou de esperança, onde vivem os filhos do infortúnio...”.“... episódios dolorosos de sofrimento não faltam...”.
Quantas pessoas sofreram dentro daqueles prédios, quantos jovens passaram sua juventude sentados naquelas cadeiras de lona, angustiados, sem esperança, sem um familiar ao seu lado esperando a cura, nutrindo uma esperança que se esvanecia cada vez que via o seu colega de quarto morrer?
Não é para menos que M. nos fala que após trabalhar no Vicentina Aranha como vigia por dois anos:
- “tem cada coisa lá que é inacreditável!”
Fazendo sua ronda noturna ele ouviu as janelas do pavilhão principal bater. Pediu para o carpinteiro consertar.
De fato durante o dia viu o carpinteiro pregar enormes pregos na janela, mas naquela mesma noite voltou a ouvir... plác, plác, plác...
Imediatamente pensou ser outra janela com o mesmo problema da que fora consertada naquele dia, porem ao chegar no local percebe que é a mesma janela, novamente aberta, sem os enormes pregos colocados aquela tarde: plác, plác, plác!
E se você for lá a noite com certeza ouvirá...plác, plác, plác...
Atualmente o Vicentina Aranha é um local aprazivel frequentado por muitas pessoas que gostam de fazer suas caminhadas entre suas belas árvores e é porisso que todos nós conhecemos aquela pequena construção que parece uma Capela, localizada na saida da Avenida 9 de julho: o antigo necrotério; sempre fechado!
De madrugada, depois da meia noite dizem que com certeza você ouvirá estranhos barulhos vindo do prédio.
Você ouve gemidos , pessoas , moveis que parecem estar sendo arrastados!
Certa noite ele saiu decidido a descobrir o que eram aqueles barulhos. Pegou a chave do necrotério, pôs no bolso e começou a ronda. Ao passar pelo pequeno necrotério novamente ouve os barulhos. Pega a chave, abre a porta, acende a luz e nada... absolutamente nada... nem bichos, ratos, aves, nada! Segundo ele não havia nada lá dentro que poderia provocar estes sons!
Apaga a luz, tranca a porta e... o barulho inicia novamente...
Talvez existam pessoas mais propensas a ouvir e ver esses fantasmas: M. talvez seja um deles!
Há mais ou menos um ano atrás, M. e seu cunhado perderam um grande amigo comum. Ele ainda era funcionário do “Vicentina Aranha” e estava na portaria assistindo TV.
De repente aparece na sua frente o seu amigo recentemente falecido! Ele se assusta mas recebe o recado do fantasma que deve ser transmitido ao cunhado.
Ainda assustado assim que “o amigo falecido” desaparece ele liga para o cunhado e passa o recado:
- Oh cunhado, aquele nosso amigo falecido apareceu para mim e mandou te dizer que ele ficou te devendo algo e quer te pagar!
O Cunhado após o choque inicial começou a pensar.
Pensou, pensou e só então se lembrou de que o defunto de fato lhe devia R$ 1.000,00 reais.
Morto de medo o cunhado respondeu:
- Arre! esquece... fala para ele que já está pago!(sabe se lá como seria essa transação, não acha?).
Segundo W. alguns atores que ensaiam teatro nos palcos do Parque costumavam rir de casos assim. Não acreditaram nele quando ele disse ter visto o enorme vaso de jardim se arrastar pelo chão de um lado para o outro, até o dia que os atores ensaiavam uma apresentação. De repente vários deles viram uma estranha mulher surgida do nada que caminhava com os braços cruzados por sobre o tablado, indo e vindo, indo e vindo até que assim como veio, ela sumiu!
Todos ficaram assustados... e o W.concluiu :
- “A gente falava para eles (os atores), eles riram! Agora? Eles viram!”.
A neblina continua a baixar. Todos nós estranhamos a névoa cair tão rapidamente sobre a cidade. Mais que depressa resolvemos ir embora...
e nesta noite a neblina foi muito densa em toda a cidade ...
(Colhida em 28/7/2012) - Doris
- “A gente falava para eles (os atores), eles riram! Agora? Eles viram!”.
A neblina continua a baixar. Todos nós estranhamos a névoa cair tão rapidamente sobre a cidade. Mais que depressa resolvemos ir embora...
e nesta noite a neblina foi muito densa em toda a cidade ...
(Colhida em 28/7/2012) - Doris
Boa noite me chamo Marcos e acredito em tudo isso, pois quando era criança e morava em Minas ainda moramos numa fazenda onde nossa casa era a mais afastada.Meu pai trabalhava a noite e ficava-mos em casa minha mãe, meus irmãos e eu, muitas vezes minha mçae ficava ate tarde ouvindo programas na radio capital, Oswaldo Betio e Afanasio Jazady então começavam os barulhos principalmente na cozinha onde parecia estar quebrando tudo, minha mãe ia ate la ver e estava sempre tudo no lugar, tinha algo que toda noite andava se arrastando em volta de nossa casa e o mais imprecionante apareciam arranhões nas portas como se algo quisesse entrar. Meu pai não acreditava ate que um dia de folga dele ele escutou esses barulhos, tinha-mos dois labradores grandes que latiam como loucos em direção a um bambuzal localizado atras de casa meu pai ia ate la com lanterna olhava e nunca viu nada ate que um dia a noite estava-mos deitados ja e a porta do quarto caiu de repente sem mais nem menos. Ai minha mãe convenceu meu pai a voltar-mos pra nossa casa na cidade, e quando la chegamos na cidade ai que meu pai falou pra nos todos que naquela casa naquela cozinha o antigo capataz da fazenda havia se enforcado e como nao havia parentes proximos ele fora enterrado em um tumulo no meio do bambuzal onde nos nunca haviamos entrado e sempre pra onde nossos cães que eram bravos latiam todas as noites sem parar. Parece mentira mas eu lhes digo, assombrações existem e estão sempre nos observando.
ResponderExcluirPois bem, essa história aconteceu a 50 anos atrás...aqui eu tenho uma história da minha família em São José. Aconteceu no bairro Vila Rossi. Meu pai, quando novo, vivia com meus avós em uma casa de uns 8 irmãos. Minha avó e sua irmã sempre levava para a Santa Casa um senhor de idade que morava sozinho do lado de nossa casa. Naquela época as duas casas não possuiam uma separação de muro no quintal dos fundos. Podia-se entrar na casa de um ou outro pelas portas de trás. Vira e mexe, meus avós cuidavam dele, levando ao hospital, dando café da manhã, ou batendo um bom papo...
ResponderExcluirEm uma dessas idas ao hospital, o médico disse a minha avó que a situação dele (do velho) estava péssima e que não havia mais nada a ser feito. O problema é que a conversa foi tudo escutada por ele que estava no corredor do local. É de se imaginar então que o pobre senhor acabou piorando e semanas depois, veio a falecer.
Em uma belo começo de noite de verão, a família estava toda reunida na cozinha, pois tinham acabado de pescar lambaris e estavam limpando os peixes. Foi trabalho de meu avô, Zé Maria, levar a barrigada dos peixes para o tanque dos fundos da casa, no quintal.
Ao voltar, o meu avô alto estava branco e com os cabelos em pé. Disse então que o velho falecido estava em pé no quintal dos fundos...
Silêncio na família. Algumas crianças, inclusive meu pai, quiseram ir lá ver mas a irmã da minha avó, e minha avó, proibiu todos de irem lá.
Elas mesmo iriam ver o que o velho queria, talvez um terço ou uma reza em missa....
Eis que as duas foram e os segundos pareciam minutos. Logo voltaram quietas e começaram a mexer em algumas coisas.
Um dos filhos perguntara:
- O que ele quer? Um terço....uma missa?
E minha avó respondeu:
- Ele quer café.
Depois que as duas pegaram um tanto de pó de café, levaram para os fundos da casa, mas o velho não estava mais lá, dando assim, por satisfeito.
Espero que tenham gostado =) Eduardo Rocha de Oliveira
Obrigada Anonimo !
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